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PASTOR NORBERTO

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VIII) ESTUDANDO: O ESPÍRITO SANTO

O ESPÍRITO SANTO

I. PERSONALIDADE DO ESPÍRITO

A) Provada por Suas Características: 
1) Ele é inteligente (1Co 2.10,11). 

2) Ele tem emoções (Ef 4.30). 
3) Ele tem vontade ( 1Co 12.11).

B) Provada por Sua Obras: 
1) Ele ensina (Jo 14.26). 

2) Ele guia (Rm 8.14). 
3) Ele comissiona (At 13.4). 
4) Ele dá ordens a homens ( At 8.29). 
5) Ele age no homem (Gn 6.3).  
6) Ele intercede (Rm 8.26). 7) 
7) Ele fala (Jo 15.26; 2Pe 1.21).

C) Provada pelo que Lhe é Atribuído: 
1) Ele pode ser obedecido (At 10.19-21). 

2) Pode-se mentir a Ele (At 5.3). 
3) Ele pode ser resistido (At 7.51). 
4) Ele pode ser reverenciado (Sl 51.11). 
5) Pode-se blasfemar contra Ele (Mt 12.31). 
6) Ele pode ser entristecido (Ef 4.30). 
7) Ele pode ser ultrajado (Hb 10.29).

D) Provado por Uma Gramática Incomum: 
A despeito do fato de a palavra grega para Espírito ser neutra em gênero, várias vezes se empregam pronomes masculinos para substituir o substantivo neutro, o que contraria todas as regras normais de gramática, mas indica a personalidade do Espírito (Jo 16.13,14; 15.26; 16.7,8)

II. A DIVINDADE DO ESPÍRITO

A) Provada pelos Seus Nomes: 
1) Nomes que relacionam o Espírito em pé de igualdade às demais Pessoas da Trindade (1Co 6.11). 

2) Nomes que O apresentam realizando obras que somente Deus pode fazer (Rm 8.15; Jo 14.16)

B) Provada por Suas Características: 
O Espírito possui atributos divinos: 

1) Onisciência   (1Co 2.10,11). 
2) Onipresença (Sl 139.7). 
3) Onipotência (Gn 1.2). 
4) Verdade (1Jo 5.6).       
5) Santidade (Lc 11.13). 
6) Vida (Rm 8.2). 
7) Sabedoria (Is 40.13).

C) Provada por Suas Obras: 
Ao Espírito são atribuídas obras que somente Deus pode realizar. 

1) Criação (Gn 1.2). 
2) Inspiração (2Pe 1.21). 
3) Gerar a Cristo em Sua encarnação (Lc 1.35).   
4) Convencer o homem (Jo 16.8). 
5) Regenerar o homem (Jo 3.5,6). 
6) Consolar  (Jo 14.16).     
7) Interceder (Rm 8.26,27). 
8) Santificar (2Ts 2.13).

D) Provada por Sua Associação em pé de igualdade: 
Com as demais Pessoas da Trindade (At 5.3,4; Mt 28.19; 2Co 13.13)

III. A PROCESSÃO (procedência)  DO ESPÍRITO

A) Definição: 
Processão é uma palavra que tenta descrever o eterno relacionamento entre o Espírito e as outras duas Pessoas da Trindade. Ele procedeu eternamente do Pai e do Filho sem que isso dividisse ou alterasse, de algum modo, a natureza de Deus.


B) História: 
Este conceito foi formulado no Credo de Constantinopla em 381. Em 589, o sínodo de Toledo acrescentou a famosa cláusula latina “filioque”, que afirmava que o Espírito procedia do Pai e do Filho.


C) Escrituras: 
João 15.26 afirma expressamente que o Espírito procede do Pai, ao passo que a idéia de Sua processão do Filho vem de versículos como Gálatas 4.6, Rm 8.9 e Jo 16.7.

IV. TIPOS E ILUSTRAÇÕES DO ESPÍRITO

Vestimenta ( Lc 24.49)

Pomba (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32)
Penhor (2Co 1.22; 5.5; Ef 1.14)
Fogo (At 2.3)
Óleo (Lc 4.18; At 10.38; 2Co 1.21; 1Jo 2.20)
Selo (2Co 1.22; Ef 1.13; 4.30)
Servo ( Gn 24)
Água (Jo 4.14; 7.38,39)
Vento (Jo 3.8; At 2.1,2)

V. OBRA DO ESPÍRITO NO ANTIGO TESTAMENTO

A) Na Criação: 
O Espírito deu à criação: 

1) Vida (Sl 104.30; Jó 33.4). 
2) Ordem (Is 40.12; Jó 26.13). 
3) Beleza ( Sl 33.6; Jó 26.13). 
4) Preservação (Sl 104.30).

B) No Homem: 
1) Habitação Seletiva: 

a) O Espírito estava em certas pessoas na época do AT (Gn 41.38; Nm 27.18; Dn 4.8; 5.11-14; 6.3) 
b) O Espírito vinha sobre várias pessoas   (Jz 3.10; 6.34; 11.29; 13.25; 1Sm 10.9,10; 16.13) c) O Espírito enchia alguns (Ex 31.3; 35.31). Assim, Seu relacionamento pessoal com os homens no AT era limitado, pois nem todos experimentavam Sua ação e esta não era necessariamente permanente em todos os casos    (Sl 51.11) 
2) Capacitação para serviço (especialmente na construção do Tabernáculo, Ex 31.3, mas também em outras circunstâncias, Jz 14.6). 
3) Restrição geral ao pecado     (Gn 6.3).

VI. A OBRA DO ESPÍRITO NA REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO

A) Definições: 
1) Revelação significa o desvendamento de algo que era previamente encoberto ou desconhecido. A revelação diz respeito ao material (i.e., o que). 

2) Inspiração é o processo divino de supervisão dos autores humanos da Bíblia, de modo que, usando suas próprias personalidades e estilos, compuseram e registraram sem erro as palavras de Deus pra Sua revelação ao homem nos manuscritos originais (os autógrafos). A inspiração diz respeito ao modo (i.e., o como).

B) O Autor da Revelação É o Espírito Santo: 
A passagem mais específica é 2 Pedro 1.21  (cf. 2Sm 23.2; Ez 2.2; Mq 3.8; Mt 22.43; At 1.16; 4.25)


C) Os Meios da Revelação: 
O Espírito usou: 

1) A palavra falada (Ex 19.9). 
2) Sonhos (Gn 20; 31). 
3) Visões (Is 6.1). 
4) A Palavra escrita (Jo 14.26; 1Co 2.13). 
5) Cristo

D) O Autor da Inspiração É o Espírito Santo: 
1) Do Antigo Testamento (2Sm 23.2,3; 2Tm 3.16; Mc 12.36;  At 1.16; 28.25; Hb 3.7; 10.15,16). 

2) Do Novo Testamento. 
A) A inspiração do Novo Testamento foi pré-autenticada por Cristo (Jo 14.26).
B) Ela é afirmada pelos autores do Novo Testamento (1Co 14.37; Gl 1.7,8; 1Ts 4.2,15;  2Ts 3.6,12,14). 
C) Ela é atestada mutuamente pelos apóstolos (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).

VII. A OBRA DO ESPÍRITO NA VIDA DE CRISTO

A) Em Seu Nascimento Virginal: 
O Espírito Santo realizou a concepção no útero de Maria   (Lc 1.35).


B) Em Sua Vida: 
1) Cristo foi ungido pelo Espírito (Lc 4.18; At 10.38). Essa unção ocorreu em Seu batismo, mas não é idêntica ao batismo (Jo 1.32). Essa unção significa capacitação para o serviço. 

2) Cristo foi cheio do Espírito (Lc 4.1). 
3) Cristo foi selado com o Espírito (Jo 6.27)   
4) Cristo foi guiado pelo Espírito (Lc 4.1). 
5) Cristo foi capacitado pelo Espírito     (Mt 12.28).

C) Em Sua Morte: 
(Cf. Hb 9.14; alguns citam também Rm 1.4)


D) Em Sua Ressurreição: 
(1Pe 3.18, possivelmente.)


VIII. A OBRA DO ESPÍRITO NA SALVAÇÃO

A) Convencimento: 
(Jo 16.8-11) 

1) Definição: Convencer (Jo 16.8) significa esclarecer a verdade do evangelho perante a pessoa não salva, de modo que seja reconhecida como verdade, quer a pessoa receba ou não a cristo como seu Salvador. 
2) Detalhes: 
a) Do pecado. O estado pecaminoso do homem se deve à sua incredulidade. 

B) Da Justiça. O homem é convencido da justiça de Cristo porque Ele ressurgiu e ascendeu à direita do Pai. 
C) Do juízo. O Espírito convence sobre o juízo vindouro porque satanás (o maior inimigo) já foi julgado.

B) Regeneração: (Tt 3.5) 
1) Definição: O ato divino de geração espiritual, pelo qual Ele comunica vida eterna e nova natureza. 
2) Meio: É a obra de Deus, particularmente do Espírito  (Jo 3.3-7; Tt 3.5). A fé é o requisito humano em presença do qual o Espírito regenera, e a Palavra de Deus fornece o conteúdo cognitivo da fé. 
3) Características: 
a) É um ato instantâneo, não um processo (embora seus antecedentes e conseqüências possam ser processos).  

b) É não-experimental (não se deriva ou baseia em experiência, embora seja seguida das experiências comuns à vida cristã). 
4) Conseqüências: 
a) Uma nova natureza (2Co 5.17)    

b) Uma nova vida ( 1Jo 2.29).

C) Habitação: ( 1Co 6.19).
1) As pessoas habitadas: Todos os verdadeiros crentes, porque:    
a) Mesmos crentes em pecado desfrutam da habitação (1Co 6.19) 
b) O Espírito é um dom ( Rm 5.5) 
c) A ausência do Espírito é prova da condição de não-salvo (Rm 8.9).                    
2) A Permanência da habitação: Os crentes podem perder a plenitude do Espírito, mas não a Sua habitação (Jo 14.16). 
3) Problemas com a habitação: 
a) A obediência é uma condição  (At 5.32)? Sim, mas a obediência à fé cristã (At 6.7; Rm 1.5) 

b) Algumas pessoas não foram apenas temporariamente habitadas? Sim, mas apenas antes do dia de Pentecostes (1Sm 16.14)  
c) Qual a relação entre a unção e a habitação? Elas ocorrem ao mesmo tempo, mas com propósitos diferentes: a habitação é a presença de Deus na vida do crente, ao passo que a unção o capacita a ser ensinado pelo Espírito (1Jo 2.20,27).

IX. OS DONS DO ESPÍRITO

A) Definição: 
Um dom espiritual é uma capacidade dada por Deus ao crente para desempenho de um serviço. Não é um lugar de serviço, nem um ministério para um grupo etário especifico, nem um procedimento.


B) Distribuição:
1) Fonte: O Espírito ( 1Co 12.11) 

2) Extensão: Todo crente tem pelo menos um, mas não todos (1Pe 4.10). 
3) Tempo: Cada geração pode ou não ter todos os dons. Alguns dons foram concedidos para o estabelecimento, a fundação da Igreja (Ef 2.20)

C) Desenvolvimento: 
Essas capacidades podem e devem ser desenvolvidas por quem as tem.


D) Descrição:
 
Listas de dons se encontram em Rm 12.6-8; 1Co 12.8-10, 28-30; Ef 4.11

X. A PLENITUDE DO ESPÍRITO

A) Definição: 
Ter a plenitude do Espírito, ou ser cheio do Espírito, significa ser controlado pelo Espírito (Ef 5.18)


B) Características: 
1) A plenitude do Espírito é uma ordem pra o crente (Ef 5.18, o verbo é um imperativo) 

2) A plenitude é passível de repetição (At 2.4; 4.31) 
3) A plenitude do Espírito produz semelhança a Cristo ( Gl 5.22,23)

C) Condições para Estar Cheio do Espírito: 
1) Uma vida dedicada (consagrada): A submissão ao controle do Espírito, embora ordenada, é voluntária e exige atos de dedicação. Isto inclui dois aspectos: Dedicação Inicial (Rm 12.1,2) e a Dedicação Continua da Vida (Rm 8.14).  

2) Uma Vida Vitoriosa: Vitória diária sobre o pecado no cotidiano é uma necessidade para esse controle do Espírito (Ef 4.30). Isto significa reagir corretamente à luz da Palavra à medida que esta é revelada (1Jo 1.7) 
3) Uma Vida de Dependência: Este é o significado de “andar no Espírito” (Gl 5.16).

D) Conseqüências: 
Ser cheio o controlado pelo Espírito significa: 

1) Um caráter semelhante ao de Cristo ( Gl 5.22,23) 
2) Adoração e Louvor (Ef 5.18-20) 
3) Submissão (Ef 5.21) 
4) Serviço (Jo 7.37-39)

XI. OUTROS MINISTÉRIOS DO ESPÍRITO

Ensino: Jo 16.12-15

Orientação: Rm 8.14
Convicção: Rm 8.16
Intercessão: Rm 8.26; Ef 6.18